A riqueza da vida está nos seus contrastes. Ouvi dizer que Leonardo daVinci começava por pintar a tela de preto porque considerava que na natureza tudo é escuro excepto, quando é exposto à luz. Não sei se isto é mais um mito, imagino que sim, mas é interessante. A dança da luz e das sombras. Porque a inversa afinal também pode ser considerada, a sombra existe por há um obstáculo que tapa a luz, mas se não existisse luz não podia nunca haver sombra. E este raciocínio sobre os contrastes é quase infindável – conhecemos o bom porque há o mau, a tristeza porque há alegria, a morte porque há vida. É certo que quando se sofre não é com raciocínios que se sofre menos porque os sentimentos e a razão jogam em tabuleiros diferentes, mas pode ajudar, apesar de tudo, reconhecer esta constante alternância que é a vida. Porque é esse colorido que faz a sua riqueza.
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Não é o colorido que faz a riqueza. A riqueza está em saber apreciar as qualidades de todas as cores. Tirar o melhor partido do colorido é que é a verdadeira riqueza