.:Enxaquecas da K471:.
Dói, mas não cansa!
25.7.05
Ajudar, é preciso!
Pois bem, ao descer as escadas dos CTT, vi que uma senhora descia com muito custo. Travei de repente e perguntei-lhe se queria ajuda.
A senhora era muito baixinha, muito forte, tão forte que quase nem lhe via os pés... e coitada, a descer escadas não era nada fácil... Usava bengala também.
Usou logo a minha ajuda, sorria-me imenso.
Disse-me que sofria de osteoporose, e que já tinha tido duas tromboses. Animei-a, e assim fomos descendo as escadas.
Ela não parava de me louvar, ia agradecendo a minha ajuda a cada escada que descia... (chegou a dizer que era um anjo 8))
No fim, disse para se cuidar, e desejei-lhe muitas felicidades, e ela, respondeu assim:
-Ai minha querida menina, Deus que lhe pague neste mundo, e no outro.
Eu sorri, feliz.

Independentemente do que possa pensar de Deus, a verdade é que não vou me esquecer das palavras daquela mulher...
Tive de deixá-la, pois estava cheia de pressa, mas mesmo assim caminhando, olhava para trás...

Jamais me esqueço daquela mulher.
Senti-me muito feliz.
Dor sentida pela K471 @ 20:23
3 Comprimidos
23.7.05
Ela
Ela sentou-se na areia, numa praia deserta, cheia de pegadas da luz do dia.
De costas viradas para terra, o seu coração pertencia ao mar, e deixou os seus pensamentos embalarem-se no enrolar das ondas.
Sentiu-se nova, limpa, vazia. Sentia apenas o cheiro que as ondas deixavam no ar quando se desmachavam na margem, e ali ficou apenas a olhar e a remexer na areia como se nada conhecesse, como se tudo lhe fosse novo e, fechou os olhos.
Decidiu sentir e respirar. Sem saber de nada. Sem pensar.
Dor sentida pela K471 @ 13:35
3 Comprimidos

Paciente

K471
Funchal, Portugal
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