Estão fora de tempo, e é por isso que chamo de incorências, e porque também não se encontra explicação em tudo, vou mencionar aqui algumas coisas que se passaram comigo. _____________ Ainda ontem, saí do trabalho e não consegui esperar até chegar a casa, para então comer. Estava mortinha de fome. Parei no primeiro sítio. Escolhi o que comer, e esperei que me dessem a tal almejada comidinha. Estava um tanto quanto atrapalhada, bolsa e livro na mão, e sandes e B! noutra. Deixei o copo para trás. Cheguei à mesa, descarraguei aquilo tudo, mesmo de lado como os camiões, e voltei atrás. Ao me virar, dei de caras com um senhor, que por acaso estava ao meu lado no balcão. Fez a gentileza de me trazer o copo. Ainda pensei que fosse alguma forma de engate, mas mesmo assim agradeci, sem muitos sorrisos. Receei que até se sentasse na mesa comigo... (se ainda fosse giro, miau) Comi, e reparei que fora embora. Relaxei, pensei. Estamos todos "corruptos" pois esta sociedade assim obriga! Por vezes, uma boa acção é equiparada a interesses. Até eu estou "corrupta", meu deus! Senti-me mal. Este lado desconfiado, e citadinho que todos temos mancha ou transtorna por vezes os pequenos gestos. Mas a verdade é que já me fizeram tantas, que agora fico sempre reticente. E eu que dou valor aos pequenos gestos, seja com olhar, um sorriso, uma ajuda... Senti-me mal. Acabei e vim embora. Triste. _____________ O meu gato Ky. Sempre adorei gatos. Acho que outrora fui alguma deusa egípcia... se bem que dizem que traços não me faltam. Pois bem, mas o Ky, é especial. Nos dias de semana, acordo 08:33 (sim, 33, podem rir à vontade. Não é 30, nem 35, é 33 e pronto!). Vou à rua e abro a porta do casarão do meu gato. Vou à cozinha e assalto o fridge. Objecto roubado: Um iogurte. Vou comê-lo sempre para a rua, fico encostadinha à porta de casa, já que os trajes que me envolvem deixam muita pele de fora. Estes dias têm sido do must, pois a chuvinha tem me feito companhia. Pois bem, depois disso, vou a banhos. Depois, a normalidade de sempre, secar o cabelo, e me vestir. 09:45 saio de casa, e lá vai o Ky comigo. Minha mãe na varanda a acenar-me, e ele a miar junto de mim, esfregando-se nas minhas pernas e fica-se por ali. Chega ao fim da rua e não vai mais, que giro! Despeço-me e vou-me embora. Chego por volta das 13:25, lá está ele à minha espera. Assim que entro aqui na rua, chamo logo pelo bichano, e lá sai o engraçado debaixo de um carro, ou vem a correr pela fazenda, até mim. Faço-lhe umas festas, ele roça-se, e lá vamos pra casa os dois. Sempre que chego ofereço qualquer coisa. Fiambre ou então um paté de cogumelos e atum... ehehhe se minha mãe sabe que tem sido para ele, ui, ai! Ela não precisa de saber :p Almoço, e volto a sair às 14:40. E lá vamos nós. Eu, Ky e mãe. Volto novamente às 19:30. E dá-se a mesma rotina. Agora, estou aqui sentada a escrever, e ele está debaixo da cadeira a dormir. Aos fins-de-semana, se a janela do meu quarto não estiver bem fechada, ele faz questão de abri-la, e entrar. Sobe para minha cama, devagarinho e acorda-me deliciosamente. Enche-me de carícias. Isto é que é ser acordada por um gatão! Ai, ai... se o borracho fosse homem casava-me com ele. Já não existem homens assim! Eheheeh, nem que se ofereça o "melhor prato" ;) Por vezes, não chego às mesmas horas. E lá está a minha mãe a ligar para saber se me demoro. Diz que o Ky não pára de miar, e anda desgostoso. Fica na rua às voltas miando, chamando por mim. Minha mãe chama-lhe, mas nada... ele olha triste, mas não entra em casa. Quando é assim, tenho de avisar para a minha mãe ir buscá-lo. Depois chego, e vou lhe fazer umas festas. Deixo-no a dormir. É giro, não é? _____________ Dia complicado. Papeladas, assinaturas, escrituras, registos, telefones, arquivamentos, etc e tal. Dia louco! Parecia que nunca mais colocava os pés em casa. Cheguei tarde. E ainda por cima é nesses dias que parece que tudo demora... o autocarro, o tempo, enfim... tudo. Mal entrei no autocarro, sentei-me logo à frente. Era onde tinha vaga, e porque geralmente é mais calmo. Maldita hora que te sentaste K471! A sorte é que era apenas uma cadeira isolada. Mas ao lado, um homem alcoolicamente giríssimo que emanava um podre a vinho de "Mercado", Ganita, BomAmigo, Ponto Final, etc e tal, atrás desse, um lesmão sem vergonha alguma, e atrás de mim, um homem com uma tosse que repudiava qualquer pessoa. Era nojento mesmo, ainda por cima espirrava imenso. Esse também soltava um cheirete a tabaco e a vinho. Olhei sempre para o lado oposto desejando chegar a casa. Tentava respirar fundo pelo pouco ar fresco que entrava por aquela janela. O tema de conversa entre os dois, e o motorista, era sobre o mareitimee, como se já não bastasse as infelicidades anteriores. Lá saí do bus! Era como se tivesse estado debaixo de água tanto tempo... queria ar! Ar!! Continuei caminho a casa. Deparo-me com um cão que me assustou. Olhou para mim, rodando o maxilar tipo a mascar pastilha elástica. Ui, desolho, e continuo a andar. Chego por fim, e meto-me logo debaixo de um banho quente, sem luzes algumas. Só o reflexo das luzes dos outros quartos... Meti-me logo na cama. Socorro, quero sonhar! |
Que belo despertar!
Ah! E eu acordo sempre a horas estranhas (8:33,8:47, 9:33, 10:19 etc), mas nem sempre me consigo levantar à primeira tentativa...
Bj