Foi o que fiz do dia. Fui para sítios que me referescam a alma. Quase que purificando-a. Conduzi, até me fartar, ou melhor, até me doer a cabeça, e os braços arderem de tanto Sol. Andei por aí sem destino, e cada vez que me enganava no caminho, voltava para trás sem grandes preocupações. Sabia que para baixo ia dar ao mar, e para cima à montanha. Se bem que muitas vezes olhei para o lado... adiante... Paúl da Serra, o meu fascínio. Ainda estou para conseguir entender o que tem de especial aquele sítio. Não sei se é o vento, ou a frescura do nevoeiro, ou aquela recta de cortar a respiração e ter vontade de cravar fundo o pé no acelerador, o paúl, ou simplesmente a plenitude da ausência de casas, e de homens. Subi a Encumeada, devagar, devagarinho. Ia ouvindo sempre a mesma música, vezes sem conta, chorando que nem uma Maria Madalena, e olhando para os lados para ver se a queda seria muito alta... Mas lá subi, até ao topo. Depois, o vento e a frescura fizeram-me desligar a porra do rádio. E assim fiquei sem música, só com os sons do vento a me baterem na janela do carro. Abri os vidros todos, soltei os cabelos! Ainda molhados, até sabia bem! Tive companhia, e adorei. Andorinhas (aos anos que já não as via), tentilhões, vento. Não podia ser melhor, ou até podia? Já não sei... Parei para comer no Jungle, coisa simples, não tenho tido apetite, apenas de desejos e saudades. Desci pelo Porto Moniz, NEVOEIRO!!!! Lindo! Chegando lá baixo, nublado e fresco. Liguei o rádio. Ambiente bom, agradável com aroma a férias. Mão no voltante, braço na porta, e ia assim cantando e conduzindo. Ah! Encontrei muitas vacas e bois, mas não tantos quanto os que se encontram aqui na cidade ;) Depois, Ponta do Sol... nada de novo, e vim para casa, a abrir. Cheguei e até estou bem. O tempo vai curando as feridas... (E que cure depressa) |
Inevitáveis algumas dores. Sabe-se lá porquê. O importante é não deixar cair o sol. Abraça-o que ele te embalará.
Um beijo daqui.