.:Enxaquecas da K471:.
Dói, mas não cansa!
27.3.05
Alma Distante - vento de solidão
Alma distante que vagueia sem destino, que voa sem asas.
Jogada no poço, no escuro, sozinha, como penas de anjos caídas do céu...
Sozinhas, leves, desamparadas. Solidão negra, não aguento mais.
Deitada nas núvens macias do céu, repouso com o sangue escorrendo pela mente sem vida.
De repente, sem sentido, eu caio... e vagueio solta pelo azul do céu, de braços abertos, de alma trancada, e de coração vazio.
E no fim da viagem, eu me destruo, directamente na minha cova, já cavada há anos, e na escuridão da sepultura, a minha luz negra, enfim, se apaga, e eu morro.

Num funeral sozinha... mas a minha viagem pelo inferno continua.
E nem mesmo no mais quente dos céus a solidão me abandona, carregando-me no seu colo frio, jogando-me pelo abismo.
...Na escuridão sem fim, e novamente como antes, eu caio. E eternamente me trituro...

....no mármore do Inferno!
Dor sentida pela K471 @ 15:38
6 Comprimidos
Mergulhar
Seja para dentro ou para fora, a vontade de sair ou entrar é perene.
Esta ansiedade louca que navega no meu sangue faz de mim o mar mais agitado deste universo, mas estou certa do que faz esta ondulação...
Apesar de agitada, é terrivelmente viciosa, e ao mesmo tempo que me dá o ar que preciso, tira-o de novo deixando-me num êxtase poderosamente constante que me atira contra a água novamente... é bom, é bom! Sufocante, mas é um sonho leve! É água...
É algo mais forte que o vento, mais poderoso que a lua. O vento não me faz ondular tanto assim, nem a lua me deixa tão cheia assim...
És tu!
És tu que me faz bater na rocha mais dura na esperança de lascar um caminho até ti.
És tu quem me dá essa força, força de querer estar dentro e fora...
...Querer mergulhar em ti, sair de mim.
Dor sentida pela K471 @ 13:41
5 Comprimidos

Paciente

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